Boto da Tainha: o golfinho que faz pesca cooperativa
- Amigos da Jubarte Projeto
- 19 de fev.
- 2 min de leitura
Autor: Ana Julia Vianna
Você sabia que o golfinho nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) possui um parente bem próximo que é conhecido como o boto da tainha?
O boto da tainha (Tursiops gephyreus) é popularmente conhecido no sul do Brasil por sua incrível interação com os pescadores locais, uma prática conhecida como pesca cooperativa. Essa parceria acontece porque os botos têm um jeito único de caçar, e os pescadores precisam pegar tainhas. Juntos, eles colaboram em uma pesca sincronizada e harmoniosa.
Durante essa atividade, os botos, que já são residentes dessas regiões, conduzem os cardumes em direção aos pescadores. O processo é fascinante: os botos aguardam pacientemente o momento certo, observando os cardumes de tainha se aproximarem. Quando isso acontece, eles começam a afugentar e cercar os peixes na direção dos pescadores, que estão atentos e prontos para agir. O primeiro pescador lança sua rede, seguido pelos demais, que lançam suas redes em sequência. Para quem assiste de fora, a pesca parece uma verdadeira coreografia sincronizada entre os botos e os pescadores.
Essa relação cooperativa traz benefícios para ambas as partes. Os pescadores conseguem localizar os peixes com mais facilidade e, muitas vezes, capturam grandes quantidades. Já os botos se aproveitam da movimentação para capturar peixes que ficam desnorteados durante a interferência causada pela interação entre pescadores e botos.
Um detalhe curioso sobre essa atividade é que, por serem animais residentes, os botos acabam ganhando nomes e apelidos carinhosos dados pelos pescadores. Esses pescadores conseguem identificar facilmente cada boto, seja por suas características físicas ou comportamentais próximas, estabelecendo uma relação de respeito com esses animais.
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